Pensamentos
Sempre quis lhe falar
Até onde poderíamos ir
Em meus pensamentos
Pensei convidar-te
E na realidade
Não sei se aceitaria,
Ir-se-ia aos mesmos lugares...
Você não faz idéia
De onde já fostes comigo!
Em um dos nossos passeios
Deu-me tua mão
E De dedos entrelaçados
Caminhamos a beira-mar
Em um entardecer cor de ouro
Em elos dourados
Ofereci-lhe uma margarida,
Que a pôs em seus cachos
E mais bela ficaste
E Sorriste agradecida
Pensamentos... quem os pode impedir?
Ao se por o sol
Uma passarela prata
Estendida pela lua clara
Convidando-nos a passear
Nos degraus formados
Pelas sucessivas ondas arrebentadas
Seguimos até o portal na linha no horizonte
Onde o caminho afunilava.
Pensamentos... quem os pode impedir?
Mas antes de seguir
Acendemos uma fogueira
Estatelados ouvimos estalos
Enquanto queimava a madeira
Assistimos o amor ardente na labareda
Película do filme nosso
E ficamos a beira...
Do mar
Do amar
Da loucura
Da fogueira
Pensamentos... quem os pode impedir?
Olhei em teus olhos
Ousei abraçar-te e fui feliz
Meus anseios amparados
Na redoma de teus braços, em teus seios.
Em meus pés subiste
E De olhos fechados
Conduzi-te numa dança
E só despertamos na manhã seguinte
Depois de todos desejos saciados.
Pensamentos... quem os pode impedir?
E ao voltar a real
Sigo com a esperança de que também pense em mim
Que o sol e a lua brilhem de verdade
Fazendo parte da nossa realidade.
Pensamentos... quem os pode impedir?