Pensamentos

Sempre quis lhe falar

Até onde poderíamos ir

Em meus pensamentos

Pensei convidar-te

E na realidade

Não sei se aceitaria,

Ir-se-ia aos mesmos lugares...

Você não faz idéia

De onde já fostes comigo!

Em um dos nossos passeios

Deu-me tua mão

E De dedos entrelaçados

Caminhamos a beira-mar

Em um entardecer cor de ouro

Em elos dourados

Ofereci-lhe uma margarida,

Que a pôs em seus cachos

E mais bela ficaste

E Sorriste agradecida

Pensamentos... quem os pode impedir?

Ao se por o sol

Uma passarela prata

Estendida pela lua clara

Convidando-nos a passear

Nos degraus formados

Pelas sucessivas ondas arrebentadas

Seguimos até o portal na linha no horizonte

Onde o caminho afunilava.

Pensamentos... quem os pode impedir?

Mas antes de seguir

Acendemos uma fogueira

Estatelados ouvimos estalos

Enquanto queimava a madeira

Assistimos o amor ardente na labareda

Película do filme nosso

E ficamos a beira...

Do mar

Do amar

Da loucura

Da fogueira

Pensamentos... quem os pode impedir?

Olhei em teus olhos

Ousei abraçar-te e fui feliz

Meus anseios amparados

Na redoma de teus braços, em teus seios.

Em meus pés subiste

E De olhos fechados

Conduzi-te numa dança

E só despertamos na manhã seguinte

Depois de todos desejos saciados.

Pensamentos... quem os pode impedir?

E ao voltar a real

Sigo com a esperança de que também pense em mim

Que o sol e a lua brilhem de verdade

Fazendo parte da nossa realidade.

Pensamentos... quem os pode impedir?

Luiz Brandão
Enviado por Luiz Brandão em 09/02/2012
Reeditado em 09/08/2012
Código do texto: T3489019
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