Nas mesmas esquinas... na mesma Vitória.
Ah, fossem apenas mãos calejadas,
e a mania de calar-se devido ao silêncio
ridículo de companhias noturnas...
Ah, não fosse a música outrora expressa em páginas,
pra despertar o desespero nas madrugadas
e levar-te ao anonimato mais lúdico
e inesperado de aprendizados...
Ah,
e o que se faz velho torna a ruir,
nas tuas mãos,
por entre teus dedos,
sugerindo uma construção tal
que há de deixar teus espectadores estupefatos,
ridicularizados, até.
Na verdade constróis a vida,
com uma habilidade sem igual,
entregando-se às amizades,
falando asneiras pra colher poesias,
proposital,
desigual,
filho temente
além das demências dessa terrinha tão inóspita.
Algo te diz sorrateiro à noite:
¨filho, filho,
não te entregues tão facilmente,
não te dês às aparências,
observa com mais agudez esse todo fiel
que te guarda,
pois ensinas mui bem
com a pouca palavra que te dei¨.
E haverá outros drinques (nas mesmas esquinas, na mesma Vitória).
>Poesia dedicada ao amigo Izaque Rodriguez<