Nas mesmas esquinas... na mesma Vitória.

Ah, fossem apenas mãos calejadas,

e a mania de calar-se devido ao silêncio

ridículo de companhias noturnas...

Ah, não fosse a música outrora expressa em páginas,

pra despertar o desespero nas madrugadas

e levar-te ao anonimato mais lúdico

e inesperado de aprendizados...

Ah,

e o que se faz velho torna a ruir,

nas tuas mãos,

por entre teus dedos,

sugerindo uma construção tal

que há de deixar teus espectadores estupefatos,

ridicularizados, até.

Na verdade constróis a vida,

com uma habilidade sem igual,

entregando-se às amizades,

falando asneiras pra colher poesias,

proposital,

desigual,

filho temente

além das demências dessa terrinha tão inóspita.

Algo te diz sorrateiro à noite:

¨filho, filho,

não te entregues tão facilmente,

não te dês às aparências,

observa com mais agudez esse todo fiel

que te guarda,

pois ensinas mui bem

com a pouca palavra que te dei¨.

E haverá outros drinques (nas mesmas esquinas, na mesma Vitória).

>Poesia dedicada ao amigo Izaque Rodriguez<

Marcos Karan
Enviado por Marcos Karan em 08/02/2012
Código do texto: T3487551
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.