Feliz Idade
Se sei hoje o que não sabia antes
E o que sei hoje me basta tanto
Quanto mais saberei amanhã
Quando os cabelos se transformarem em nuvens de algodão
A adornar meu rosto
E profundos sulcos trilharem
As linhas da minha face?
Se hoje, muitas vezes, me calo por não ter argumentos,
Amanhã poderei discursar sobre o céu e a terra
Se hoje me impaciento com aqueles que têm velocidade
Menor que a minha
Amanhã, em que velocidade andarei?
Mas se hoje penso e pondero
Em tudo que faria amanhã
Ah! Amanhã...
Será que não esquecerei?