Fim de tarde

Não há em qualquer outra cidade do mundo

um pôr-do-sol como no Rio de Janeiro...

Sentado à beira da praia,

entre as sombras das montanhas

e o espelho das águas do mar,

observo a vida passar tão lentamente...

São cachorros, automóveis, gentes...

É o tempo.

Não há solidão aqui em dias desses,

pois sempre há alguém em volta

a sorrir, a assobiar com os olhos

a melodia doce da vida.

E enquanto o sol se esconde,

os amigos se reúnem à mesa do bar,

as pessoas se encontram na calçada,

a brisa sopra, trazendo o frescor de mais uma noite.

E a vida segue o seu rumo.

Mas há sempre aqueles observadores, iguais a mim.

E não pense agora que me sinto sozinho,

entristecido, invejoso da felicidade alheia. Não, meu amigo!

Pois não há nada mais reconfortante que observar

este espetáculo que é a vida,

ser um invisível coadjuvante na história de cada um,

compartilhar estes momentos,

e saber que, de alguma forma, todos também

fazem parte da minha história.

E o noitecer, enfim, chegou...

Dan Niel
Enviado por Dan Niel em 02/02/2012
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