Máquina de Sonhos.
Máquina de Sonhos.
Um velho alquimista,
Descontente com os rumos do mundo,
Percebeu que os homens sofriam
Pela ausência do sonhar,
Acabaram-se as esperanças,
E o materialismo tornara-se sua única realidade,
Gastando seu resto de vida e inteligência,
Dedicou-se a desenvolver uma máquina,
Que fizessem os homens voltar a sonhar,
Para quem sabe assim tornarem-se novamente bondosos,
Procurassem respeitar mais os outros e a si mesmo,
Que voltassem a enxergar o mundo em cores,
E prestar atenção na pintura divina que nasce a cada dia.
Depois de muitos anos, e várias tentativas,
Finalmente conseguiu terminar,
Mas antes que todos começassem a sonhar,
Ele adormeceu para sempre.
O mundo provou de seus sonhos,
Tudo começava a tornar-se verão,
Mas chegou o dia em que a fantasia, a verdade e a pureza,
Deram lugar aos pesadelos e a agonia.
O homem não aprendeu a sonhar,
Preferiu entregar sua vida ao vazio,
Preferiu usar as máscaras que cobriam seus rostos na realidade,
Então o velho falhou, pois tudo voltou a ser como era antes.