Um ensandecido amor
Você não vê com os próprios olhos,
vê com outros.
Outros podem, todos podem ser.
E você, não deve ser todos, nem tudo.
não caminhar com as próprias pernas
não apertar as mesmas mãos
não enxergar os próprios olhos
não ver o simples
não ver semelhanças em ratos
você.
Tudo gira para longe
Tudo caminha sem horizonte,
numa linha sem interseção.
Num dia fatídico
longe do azul
você exige muito do id
faz sua cabeça parecer o inferno
faz da ousadia, balela
do boato falso, ousadia
do sinistro, natural
do real, anormal.
Adeus, tchau!