Renega-me a poesia
Diante de mim,
A fantasia da felicidade,
Que se veste de anjo,
Em meus breves sonhos.
Ontem chorei,
Por não ver a face
Da bela, que me visita todas as noites.
Hoje talvez ela me dê a honra
De poder com os meus olhos,
Tocar sua silhueta.
Escrever poesias talvez seja meu mau súbito,
Assim acredito nas ilusões que mesmo crio,
Perco-me entre o que é real e fictício.
Talvez seja meu destino,
Sacrificar toda vez que a loucura acaba,
E a realidade me dá um banho gelado.
As vezes estranho meu próprio rosto,
Não reconheço minha própria voz,
Até a poesia que vivo e escrevo,
Se desprende de mim, e me renega.
Quem sabe serei apenas um escravo de meus sonhos,
O mesmo que me alegra e fere,
Que me tira a vida e me faz renascer,
Para sorrir e sofrer, todos os dias.