Renega-me a poesia

Diante de mim,

A fantasia da felicidade,

Que se veste de anjo,

Em meus breves sonhos.

Ontem chorei,

Por não ver a face

Da bela, que me visita todas as noites.

Hoje talvez ela me dê a honra

De poder com os meus olhos,

Tocar sua silhueta.

Escrever poesias talvez seja meu mau súbito,

Assim acredito nas ilusões que mesmo crio,

Perco-me entre o que é real e fictício.

Talvez seja meu destino,

Sacrificar toda vez que a loucura acaba,

E a realidade me dá um banho gelado.

As vezes estranho meu próprio rosto,

Não reconheço minha própria voz,

Até a poesia que vivo e escrevo,

Se desprende de mim, e me renega.

Quem sabe serei apenas um escravo de meus sonhos,

O mesmo que me alegra e fere,

Que me tira a vida e me faz renascer,

Para sorrir e sofrer, todos os dias.

DjavamRTrindade
Enviado por DjavamRTrindade em 27/01/2012
Reeditado em 27/01/2012
Código do texto: T3465213
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