Noites devastadoras de verão

A noite esquenta os corações ávidos por solução!
Mágica energia de verão,
Que aquece  o luar oculto na escuridão.
E não apagam as marcas da desilusão.
 
 
A noite quente cheia de intenções,
Promove o aquecimento do encontro.
À procura da brisa, as pessoas vão se aproximando,
E fazem do momento um raro ponto de união.
 
As noites de verão!
Com a lua a iluminar os sonhos
Estimulam a insegurança, das mais loucas pretensões.
É sinal de tempestade,
Que demole corações,
E incita a revolta trazida pela destruição!
 
Trágicas noites de verão!
A espiar da varanda,
As encostas que derramam lágrimas.
Já prevendo a dor que revelam causar
Aos corações que espreitam aquecer-se de esperanças.
 
Noites quentes se tornam frias de desespero!
A água a descer da ladeira,
Vai entulhando lama, escombros e vidas,
Que silenciam no encontro da inundação.
 
Noites traiçoeiras!
Sem as estrelas de companheiras,
Devastam os sonhos, assolam realidades
E deixam no vazio a denuncia da destruição.
São pesadelos sufocados, revelados
Pela lente da recordação!
 
 
 Noites tempestuosas de verão!
 Muitas vezes de desespero, agasalhados no    peito encharcado.
 Provocam asfixiante dor, impulsionada pela    divulgação
 Do inevitável reencontro.
 Ausência afogada nas cascatas da alma.
 
 
Madrugadas tristes de verão!
A combustão da saudade,
 Move a iniciativa de refazer o desfeito. 
 E o respeito aos entes perdidos, embalam
Nossa fé a recriar  em qualquer estação,
A orientação firme para o caminho
Dos nossos sonhos perdidos.