Edifícios das grandes cidades.
José Feitosa da Silva
(JFeitosa)
Grandes monstros de concreto.
Denunciam a falta de verde.
Sufocando uma multidão,
Com suas enormes paredes.
Guardam “homens” engaiolados.
Como jaulas ou prisões.
Vivendo todos confinados,
Sem lazer e sem visões.
Descaracterizam a humanidade.
Restringindo a liberdade.
Que andam em ruas estreitas,
Com tédio e com saudades.
Pelas janelas espelhadas,
Mostram um mundo virtual.
Aonde o medo e esperança se misturam,
E o diminutivo é real.
E ao anoitecer; abarrotados pela etnia.
Eclode um ecumenismo invisível!
Que vagueia no vácuo laico,
Onde a luz aquece a esperança para um novo dia.
E o vento sussurra como chorasse,
Ao vê tantas atrocidades.
Nos grandes e pequenos cômodos,
Lá nos prédios das cidades.