Desencontros
Às vezes escondemos a tristeza
Sob a toalha da mesa de jantar,
Quando estamos reunidos; e a fraqueza
Que guardamos com esforço, no altar,
São frases inconsequentes jogadas à toa;
São frases que se perdem na garoa.
Se calamos quando devemos falar
Em par, luz e treva se escondem nas matas
Cascatas que escorrem rio abaixo, sem parar
Vão buscar o seu leito; e brincar de regatas...
Natureza morta na parede da sala...
Plenitude num céu que nunca se cala...
Calmos semblantes turvos n’alvorada
Camarada que cuida da ferida apodrecida
Costume d’aqueles mal nascidos, o escada...
O suicida imberbe que se esquece da vida...
Onde naufragou a caravela desgovernada?
As pedras juram que nada fizeram; nada...
E assim, caros amigos de outrora
Peço que junte suas tralhas a tempo
Não esperem que os mandem embora
Façam suas bagagens; o contratempo
É uma ameaça aos bons momentos
Morto o homem; vivo os lamentos...
Às vezes escondemos a tristeza
Sob a toalha da mesa de jantar,
Quando estamos reunidos; e a fraqueza
Que guardamos com esforço, no altar,
São frases inconsequentes jogadas à toa;
São frases que se perdem na garoa.
Se calamos quando devemos falar
Em par, luz e treva se escondem nas matas
Cascatas que escorrem rio abaixo, sem parar
Vão buscar o seu leito; e brincar de regatas...
Natureza morta na parede da sala...
Plenitude num céu que nunca se cala...
Calmos semblantes turvos n’alvorada
Camarada que cuida da ferida apodrecida
Costume d’aqueles mal nascidos, o escada...
O suicida imberbe que se esquece da vida...
Onde naufragou a caravela desgovernada?
As pedras juram que nada fizeram; nada...
E assim, caros amigos de outrora
Peço que junte suas tralhas a tempo
Não esperem que os mandem embora
Façam suas bagagens; o contratempo
É uma ameaça aos bons momentos
Morto o homem; vivo os lamentos...