Medo de menina
Sombras pela calçada,
Alguém de diz um muito obrigado,
Coisas de um mundo cinzento
Com a alma de criança
Por agora sou apenas eu,
Por mais pra frente, não sei
Nunca tentei desvendar meu futuro,
Manipular minha paz
Revido os gritos,
Canto no meio do silêncio
Sei que podem me ouvir,
Ver o que sinto realmente
Entendo que não sou mais menina,
Nem posso andar com uma boneca nas mãos,
Mas por tantas vezes já me senti assim,
Uma pequena com pavor do escuro,
De fazer alguma coisa de errado,
De quebrar o abajur de casa,
De não atender as pessoas lá fora,
De se perder dos pais,
Ao não conseguir das às mãos,
Ou por me perder dentro do breu,
Sem solução, proteção
Esses são os horrores,
Ele pode apontar pra vários lados,
Sem que se perceba foi instalado,
Dentro de um peito apertado
Com o coração feito de açúcar.