Metamorfose (corpo poético).
Vagando com um verso
Que ultrapassa os séculos,
E se torna imortal e intocável,
Maior que a morte e a eternidade,
Me fiz poesia.
Meu corpo não passava de uma breve morada,
Das manifestações mais divinas de minha literatura,
Um ser fantástico preso na brevidade da vida,
Mostrando a grandiosidade do meio entre o inicio e o fim.
Uma vez ouvi falar que o corpo verídico do homem,
É aquele onde ele grava sua memória.
O meu edifiquei em minha poesia.
Onde sei que me tornarei imortal.
Onde dor, solidão, frio e medo,
São pequenas palavras que constroem algo mais, e belo.
Como a insípida luz da vela no fim,
Ou o sopro suave da manhã de verão,
Estarei sempre presente, como algo oculto, mas existente,
Se fazendo sempre, passado, presente e futuro.