Oratório: Sinceras Expectativas auto-Explicativas

Santo meu d(D)eus, eu!

pai Simpósio-muito, eterno, onisciente porque presente, ou presente quando ciente?

Não me deixe inteligente, porque eu, afoito.

muito menos predilecionado aos atos zombeiros porquanto-eu, aflito.

Contemplar, assusta-me; viver-me, aflige.

Dancem lá (?).

Dancem os açougueiros capitais neste século;

façam, façam mesmo suas carnes em cima de tábua de ilusão.

Mas não me esqueça, não, porteiro entreaberto;

jovem demais pra aguçar algum sermão.

Sejas bárbaro na quantia em que sonho;

mas não te ausentes na combustão do esqueiro.

Deixe-me grato, enquanto ingrato me imponho;

mas não aborreças, já que esta mácula sou eu quem rateio.

Por gentileza tua, dedos maneiros são passos de joelho;

Em (m)eus pensamentos, celeiro sem graça e com afixação.

Claro que idoso juvenil, percebendo-se no espelho;

Claro que criança experiente, sem sustentação.

Que haja claridade nas ânsias que convergem;

preferindo os textos, os sorrisos, à própria glorificação.

São escuras as vozes que me contrariam.

Já que sangro dores, menino algoz e ainda rapagão.

Alexandre Bonilha
Enviado por Alexandre Bonilha em 16/01/2012
Reeditado em 25/01/2017
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