Encantador de Crianças

Nascido no oculto,

No fundo dos olhos da inocência,

Inocente o abstrato fez-se gente

Diante das crianças.

Ele encantava e cantava

Na realidade fantasiosa da infância,

Os adultos presos as suas sistemáticas,

Ignoravam e não viam o que os cercava.

As crianças sim, eram felizes,

Envolvidas pelo mistérios da simplicidade,

Sabiam admirar o nascer do sol,

E os ruídos que se desprendiam da noite.

Enquanto os velhos,

Cheiravam a concreto e asfalto,

A gás carbônico e graxa.

As crianças sim sabiam viver,

E o oculto mostrava o caminho para um riso puro,

As vezes era difícil saber quem encantava quem,

Mas isso não era importante.

O calor da amizade e do sorrir prevaleciam,

O mundo parece mais colorido,

Quando as gravatas não o sufocam

E para ser feliz

É preciso tão pouco,

Mas a angústia parece mais fascinante,

Até as estrelas brilham mais,

Para os que sabem apreciar o céu.

As crianças entendiam toda a poesia

Difundida junto as pequenas coisas,

Elas sabiam os gostos das cores,

E o cantar do silêncio.

Enquanto os ouvidos dos velhos,

Ouviam os ruídos dos carros e das maquinas.

A vida parece muito mais intensa na infância,

Pois você não precisa usar máscaras,

E tomar decisões por interesses vã.

Dizem que a sabedoria é traçada pelo longo percurso do viver,

Mas na verdade,

A sabedoria morre

Quando começamos a querer entender o porque de tudo.

DjavamRTrindade
Enviado por DjavamRTrindade em 13/01/2012
Código do texto: T3438802
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