Insegurança
Dragão iroso
Por que de minha vida
Me desterras?
Oh! Ser temeroso,
Eis que me dilasceras!
Suas garras tem meu sangue
Suas mãos, minhas vísceras
E apenas sou mais uma
Deste lamascento mangue
Tingido do rubro de suas vítimas
Mais eis que o percebo:
O seu ser não se inova
E eis que ao seu porte imponente
Só lhe é reservada
Da morte a vil alcova
Sair-me-ei vitoriosa
Destas suas patas imundas
E com a voz melodiosa
Cantar-me-ei ao seu corpo
À esta sua alma moribunda