Insegurança

Dragão iroso

Por que de minha vida

Me desterras?

Oh! Ser temeroso,

Eis que me dilasceras!

Suas garras tem meu sangue

Suas mãos, minhas vísceras

E apenas sou mais uma

Deste lamascento mangue

Tingido do rubro de suas vítimas

Mais eis que o percebo:

O seu ser não se inova

E eis que ao seu porte imponente

Só lhe é reservada

Da morte a vil alcova

Sair-me-ei vitoriosa

Destas suas patas imundas

E com a voz melodiosa

Cantar-me-ei ao seu corpo

À esta sua alma moribunda

Milla Justine
Enviado por Milla Justine em 11/01/2012
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