Eis o cotidiano
Sempre há um problema a ser resolvido
sempre há um ardor de febre a nos tomar conta
ardor raivoso, inculto, sorrateiro
que ferve a alma em preocupações
Quem dera as manhãs nos presenteassem
no café
não com torradas, açúcar ou geleia
mas com soluções
Sempre há um dia anterior
e um porvir; uma noite insone
uma gota de vida nascendo do despertador
Eis o cotidiano. A farsa dos sorrisos
tentando disfarçar as tragédias.
Sempre há um dia após o outro