O homem e sua bolha.
Era um homem de pedra,
Presa a um bolha,
Via o raiar do sol, as borboletas voando,
Mas não sentia o vento a sua face tocando,
Nem muito menos o calor do sol.
Vivia triste por não poder tocar as cores,
E sentir o cheiro da terra,
Era um homem dividido entre dois mundos,
Separados por uma fina camada de plástico impermeável.
Viva atormentado pelo fascínio e a curiosidade
Daquele misterioso e fascinante mundo colorido.
Encheu de ar os seus pulmões,
E sem receios rasgou sua bolha, e pela primeira vez
Sentiu o ar rodear e possuir seu corpo.
Sentiu o calor aquecer seu rosto,
E a terra úmida, resfriar seus pés.
Sentiu toda a felicidade que seu ser conhecera,
Sentia-se livre e mais vivo que nunca,
mas derrepente viu as cores do mundo se ofuscando,
As pessoas e o sol se distanciando,
E se escondendo em suas bolhas,
Daí sentiu saudades de casa,
E sentira falta de apenas admirar este estranho mundo,
De sua janela.