O homem e sua bolha.

Era um homem de pedra,

Presa a um bolha,

Via o raiar do sol, as borboletas voando,

Mas não sentia o vento a sua face tocando,

Nem muito menos o calor do sol.

Vivia triste por não poder tocar as cores,

E sentir o cheiro da terra,

Era um homem dividido entre dois mundos,

Separados por uma fina camada de plástico impermeável.

Viva atormentado pelo fascínio e a curiosidade

Daquele misterioso e fascinante mundo colorido.

Encheu de ar os seus pulmões,

E sem receios rasgou sua bolha, e pela primeira vez

Sentiu o ar rodear e possuir seu corpo.

Sentiu o calor aquecer seu rosto,

E a terra úmida, resfriar seus pés.

Sentiu toda a felicidade que seu ser conhecera,

Sentia-se livre e mais vivo que nunca,

mas derrepente viu as cores do mundo se ofuscando,

As pessoas e o sol se distanciando,

E se escondendo em suas bolhas,

Daí sentiu saudades de casa,

E sentira falta de apenas admirar este estranho mundo,

De sua janela.

DjavamRTrindade
Enviado por DjavamRTrindade em 09/01/2012
Código do texto: T3430967
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