30 Segundos para o fim.
O abismo me atormenta (...)
A cada palavra, um novo pensamento
Lembranças que o meu ser lamenta,
Mas... não foge dum jogo de sentimento.
A vida passa aos meus olhos sem nada de novo
Rotinas e rotinas se lúcidam almejadas
Belas mentiras jogadas ao fogo,
Num mar de nuvens entoadas...
Tédio ou falta de esperança que me falha?
Pois não me levanto para viver (...)
Devo cortar meus pulsos com a navalha?
Ou deixo a vida terminar à me envelhecer ?
Devo sair para conhecer novas pessoas?
Ou ficar aqui na triste solidão...
Entrar na mata selvagem à leoas,
E fechar meus olhos na imensa escuridão...
-Apresente-me algo novo!
Pois me encontro sem ver razão de vida,
Sem mentiras, para o meu desgosto...
Traga à volúpia a essa rosa sofrida.
Enxuga as lágrimas da minha face.
-E tira isto da minha mão!...
Trêmulo estou... me aperte, me amasse...
-E tira-me de vez desta ilusão!...
Uma bela mentira...
Contada em minha vida, sem razão.
Algo que em mim insistira,
Para um grande pélago em meu coração.
Uma bela mentira...
Onde vivi sem inspiração.
Despeço-me sem grande ira,
Sem orgulho de uma paixão.
Uma bela mentira...
-Por que essa arma olha pra mim?!
Aperto o gatilho, assim eu partira
-Adeus, esse é o fim! (...)
Uma bela mentira.
-Dias novos
Paraíso Proibido 2012