PARENTES E AFINS...
Inseparáveis
O motim é o avô rabugento da revolta.
A perfeição é a serena avó da beleza.
O dever é o genro sonhado da promessa.
A solidão é a tia solteira da tristeza.
A compreensão é a sábia mãe das virtudes.
O êxito é o hábil sobrinho da oportunidade.
A euforia é a afilhada bêbada da timidez.
A gratidão é a íntegra madrasta da bondade.
A esperança é a fiel bisneta da sobrevivência.
O desaforo é o primo irritado da intolerância.
A dignidade é a nobre irmã gêmea da ética.
O orgulho é o filho bastardo da arrogância.
A paz é a conselheira rejeitada da guerra.
A abundância é a irmã gastadeira da avareza.
O adeus é o amigo distante da saudade.
A educação é a casta professora da gentileza.
O desespero é o cunhado sem fé da angústia.
A etiqueta é a nora preferida da elegância.
A escuridão é a camareira cega da luz.
A teimosia é a babá insistente da ignorância.
O azar é o assessor pessimista da sorte.
A paciência é a esposa passiva da resignação.
A ironia é a sogra repudiada da inveja.
O namoro é o tio-avô ajuizado da paixão.
O privilégio é o tataravô egoísta da mordomia.
O ódio é o padrasto transtornado do rancor.
O perdão é o caridoso confidente do pecado.
A felicidade é a madrinha comedida do amor.
A ordem é a erudita sentinela do progresso.
O desmando é o sogro iludido da falência.
O silêncio é o maestro surdo do barulho.
A impunidade é a vizinha insana da violência.
A consciência é a pueril sobrinha do caráter.
A ganância é a infeliz prima da riqueza.
A indiscrição é a cômica neta da curiosidade.
A honra é a sensata tia-avó da nobreza.
O esforço é o padrinho justo da recompensa.
O mau humor é o pai ranzinza do defeito.
O incentivo é o sagaz bisavô da perseverança.
A justiça é a amante imparcial do direito.
O blefe é o mordaz mordomo da artimanha.
O bom-senso é o irmão equilibrado da razão.
O sentimento é o zelador sincero do sonho.
A amizade é a inimiga mortal da traição.
A morte é o carrasco implacável da vida.
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