Vazo vazio.
Levante-se e vá. (...)
Começa agora o trama da minha vida,
Com ódio e amor ao mesmo tempo,
Levados num sopro do vento, uma ferida.
Por que me deixou?
Remar sem mim era fácil...?!
Com certeza, sim!- De fato,
Não considera nada que a ti enlaço.
Foi fácil me trocar por um momento?
Foi, doce garota?!
Espero que seu castelo,
Esteja destruído... Com certeza, ficará!
Ao som, recordo-me do passado
Que amores e importância te dei!
Porque fora muito mal tratado?!
Se a ti, mil vasos – roubei!
Me digas, se suas palavras
Eram verdadeiras ou falsas.
Pois nelas, eu acreditei
-E delas, eu ainda chorei...
Por que me traíste?
Na frente, de meus olhos?
Como de ímpeto, não resistira?
Ao amor, que sempre ti dei.
Ainda sofro por ti, desgraçada!
Onde, pão ao mar jogou-
Não de súbito, mas de propósito,
As minhas esperanças eu me ajoelhei.
O ódio e lágrimas me corroem,
Não é por você que choro,
E sim por mim, que tolice a julguei
Como inocente ao som dum bandolim.
Reme, reme Marinheiro...
Por que não ouvi estas palavras?!
Que feitiço usou sobre mim,
Que me prendera assim?
Reme, reme Marinheiro...
Que um dia, chegaria perto de ti
De pouco em pouco a conquistei
Que valeu isso ao fim?!
Reme, reme Marinheiro...
Só a ti mesmo, se salva.
Eles sangram na praia vazia,
Eles sangram em silencio na praia vazia (...)