O Relógio Celeste
Jorge Linhaça
 
O relógio celeste marca ao tempo
d'uma maneira assaz diferente
Num movimento mais rápido ou lento
Seguindo os passos do homem mortal
Há quem dê corda com ansiedade
Outros esperam o tempo passar
Mas o relógio da eternidade
Não vê a raça, o credo ou idade
Pra todos nós um dia há de parar
 
Se não sabemos o final momento
Cabe ao homem melhor de si dar
Somos poeira soprada no vento
Gotas salgadas no meio do mar
 
 
Salvador, 4 de janeiro de 2011