Por quais símbolos poderia fazer-me desejável
Na medida do meu desejo que justo fosse
E não além e nem deixando a desejar mais?
A minha inabilidade para traçar rotas,
Baseando-me em raios solares, me leva à agonia
Quem me dera queimar em fogo sagrado
Sentimentos transmutados em tatuagens perpétuas
Quem me dera saber a arte de antigos ourives
E desenhar-te em joia única o que me é meu pressentir-te
Pudesse eu entender da boca de anjos meu querer-te desta forma,
Uma paz suportável acolher-me-ia
No entanto é entre labaredas gélidas que repouso meu desejar-te
E meu coração na cadência de um galope sem rumo
Apenas busca a direção do seu coração
A minha inabilidade para entender raios lunares
Leva-me a labirintos nos quais me perco
A minha alma encantada lacrimeja silenciosamente
Orvalhando a flor que guardo, aguardando-te
Mas o meu coração resoluto crê numa prece mal atendida
E num melodioso tropel busco pela fonte que jorre o segredo,
O enigma dos teus olhos, que não sei se desvendarei,
Já está me devorando...