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Venho aqui reafirmar que a civilização
Nunca me coube ao pescoço.
Nunca me impressionou, com seu colosso!
Agora, então:
Escrevendo poesia
Vivendo na Bahia...
Tornou-se plenamente impensável,
Virtualmente inegociável!

Prefiro a complexa simplicidade,
A obscena sinceridade,
Do convívio com a natureza.
Espetáculo perfeito,
Que me expandiu o peito,
Com sua delicadeza,
Com seu carinho,
Imprescindível cadinho!

Tudo começou na infância, com o mar!
Suas ondas acompanharam-me
Durante toda a trajetória.
Orientou-me, em todas as rotatórias...
Até que, aos trinta e sete anos de idade
Decretei minha liberdade,
Fui viver em Paraty, de frente pro mar.

Conheci o fantástico caleidoscópio do manguezal,
Muito mais que essencial!
Cercado pelas serras,
Descobri o poder da terra.
Vivi várias encarnações,
Proporcionadas pelas vastas sensações
De perceber o mundo,
De um ângulo muito mais bonito.

Aqui, em Itacaré, vivo quase dentro da mata.
Ousadia que desacata,
Instiga e conclama,
Inspira a chama!
Pertinho de um dos mares mais encantadores,
Sigo a trilha que vou identificando de seus ardores.
Sou mata,
Mato!
Serra
Grão de terra!
Cachoeira,
Alimentando a corredeira!
O sentimento em mim é pulsante,
Como o mangue!
Por sempre ter sido mar,
A poesia me quis ar!










Vídeo lindo:
http://www.youtube.com/watch?v=CUsYfidDoyE&feature=related 

Versão original desse trabalho:
http://vidaalta.blogspot.com/2012/01/discipulo-de-alvaro-de-campos.html



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Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 03/01/2012
Código do texto: T3419640