Verdadeiro amor
Envolvem-nos ao clarão da lua,
-Outra taça de vinho derramada.
Como posso dizer no canto da alvorada
O que falar e o que sentia.
Se nas palavras eu me expresso,
Nas atitudes eu invento,
Séries esboçadas por um lamento
Que passado eu me meço...
Passando agora
Num instante... como se não houvera sentimentos
Triste, minha querida, sentir todos os momentos
Que agora não significa nada.
Olho pra ti, que pálido rosto teu,
- Por que me tocas? – Querida, à doce sentinela ouvira
Quem sabe por ti não me deixaria,
Envelhecer esta flor que já envelheceu...
Quem liga hoje para palavras?!
As mais doces, belas e simples são ignoradas,
Mas, diferente sigo, jogando rosas
Pois pássaro sou, e vivo somente de passadas.
Oh, querida, por ti vivo,
-Como no reflexo do infinito...
Mostro o que há de ser,
No baço que por ti, ainda implico.
Cansado de sacrifícios tolos,
- Enche-me meu copo de novo,
Não é por ti que bebo...
Simples, vejo ao além, com estes gracejos!
Ai, se por ti, derrubo o que há de perto,
E rindo, levanto e saio andando,
- Quem está mal agora, vadia?!
Não, não olhe para mim com pranto...
Nem com dó! Se whisky tenho,
Continuo sorrindo, se acabar,
...Compro outro, querida
Mas sem ti, quero ficar!
Quando o efeito acabar,
Volto-lhe a chorar,
E derramar-lhe sobre o árduo leito,
Meu choro e meu perdão à clamar !
Mas, senão, nem olhe-me
Sinto nojo de ti, e repugno-me,
Porque se choro por você,
Continuo a me entristecer-me
Mas, de novo, se todos um dia
Pararam de amar seus amores,
Eu, também, consigo.
Pois sem ti, sem ódio e amor, eu ficaria.
Ai, ai, saudade não venha me matar
Pois, sem ela, chorarei, mas livre
Me sentirei!... então
Fique longe de mim, satania à vagar!
Não é por você que irei morrer!
Sou forte, uma garota ou outra
Tanto faz, continuo sorrindo e voando...
-Hey garçom, o que há de beber?!
(...)
- Amores,
Natal 2011