Chuva de fim de ano
Choveu muito na tarde do dia 31
lavou todas as marcas que havia deixado pelo caminho
agora o que passou só pertence a sua memória
ninguém mais pode repetir a nossa trilha
Esse não é um recomeço
Porque nada do que passou pode ser revivido
Isso é o novo
Inimaginável e imprevisível em sua essência
Não vá querer repetir
Porque o que foi bom no passado
Pode agora não ser o suficiente
E o que foi ruim precisa ser aperfeiçoado
Naturalmente, no ponto do caminho que atingimos
É tempo de seguir em frente
Não há porque voltar
Não há porque parar
Pois existe um horizonte infindo a diante
Tão belo quanto se possa imaginar
E mesmo antes de atingirmos a outra extremidade do arco-iris
teremos passado por muitos tesouros
E se sábios formos, teremos reconhecido o seu valor
No inverso, saberemos mais tarde que tivemos em nossas mãos o queriamos
Mais deixamos perder em algum lugar
Onde outro talvez venha encontrá-lo e valorizá-lo como tal.
Mas se reconhecermos tal erro
Não mas perderemos se quer uma pepita, por menor que pareça
Porque talvez o tesouro não esteja no fim do arco-íris
Mas no caminho que nos leva até ele.