Noites Solitárias

... E quando eu entendi que entendia de tudo,

Deparei-me com o incerto e cai em abismo de medos e solidão,

Nada podia preencher o vazio das lágrimas,

No fim percebi que tomava as piores decisões.

Minhas noites foram solitárias a beira da praia,

Somente com o medo de o futuro ser pior que o presente...

As ondas já não trazem consigo a esperança,

E o novo amanhecer já não é tão atraente...

Me pego assim, vulnerável, a refletir que meu tudo será o nada, deserto sem amor,

Devo me conformar, e se perceber que tudo que conquistei eram apenas ilusões,

Dou um sorriso e me entrego ao incerto,

E não cairei mais nas minhas expectativas para não me decepcionar.

O vento frio gela a delicadeza da pele,

A falta de amor gela a sutileza do coração,

A falta de valores entristece os olhos,

Mas a lágrima que cai, traz esperança de vida.

Aquele que sofre e espera,

Aquele que não vê o futuro,

Aquele que mesmo em meio a tudo tem esperança,

É aquele que no futuro incerto colherá os seus frutos!

Leonardo Guimarães Rosa
Enviado por Leonardo Guimarães Rosa em 01/01/2012
Reeditado em 05/08/2012
Código do texto: T3417371
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