Entre o Entremente
Tenho uma alma aventureira e um coração imprudente
À beira do vento lanço meu amor, amor vermelho
Tenho uma liberdade incontida dentro de um corpo disciplinado
É uma intensidade sutil que me faz debruçar na encosta para sentir a força adversa do vendaval que impeli meu corpo e fixa meus pés na planície segura.
Tenho um olhar disperso que oculta uma sagacidade que serpenteia as entrelinhas invisíveis de paisagens vivazes e mórbidas.
As entrelinhas invisíveis cravam em agulhas metafóricas e costuram as paisagens silentes.
De pesponto em pesponto os olhares e os ouvidos que nada ouvem apreendem o silêncio que se tornou dito.
A linha, agora, contínua extasia-se de sentidos.
E tudo faz sentido... Tudo que há entre o coração, a alma e as entrelinhas.
Sempre há o entre!
Entrementes...