IDENTIDADE
 
Não busco minha identidade
pelas  perguntas na minha alma,
Porque as perguntas sem idade
Deixam -me sempre sem a calma...
 
Prefiro a ação que identifica
E delineia o meu espírito,
O verbo que se prontifica
Na transição em vida, o rito.
Os sonhos postos na verdade,
Já contemplando a eternidade.
 
O vento Leste sopra agora,
Traz todo alento aos pensamentos.
A brisa, a aurora em flores chora
A hilaridade e os afligimentos
Das vidas nobres nas montanhas,
Habitação da hoste divina,
Celebração, vida que ensina
A todos nós lição divina.
 
No Grande Vale eu caminho
com esperança, não sozinho,
O sol que nasce lá no Leste
Me estimula e me impele prestes.
Lembranças tuas me acompanham,
Teus olhos negros, meigos, lindos
Brilham mergulhados no espelho
Da  natureza e contaminam
Meus pensamentos  por inteiro...
 

Diógenes Jacó, Araripina, 29/12/11
Wlads
Enviado por Wlads em 29/12/2011
Código do texto: T3412882
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