MORTE DE PALHAÇO

E aí o espetáculo se encerra/

E o palhaço cai do picadeiro/

Os bolsos vazios e o desvio/

A esperança de chapéu na chuva/

Com a luva que pelica a pelica/

E implica com o nariz do palhaço/

Talhada no aço as ,arcas do rosto/

Ri do gosto que o trapezista pula/

O palhaço encurta o passo no espaço/

Narrando as risadas de sua vida/

Sua roupa de Clóvis, o bate bola/

Enrola a esperança como /

Um político engana com presença/

E segue para o céu dos palhaços/

Aonde São Pedro é domador/

O arco fechado do menino tímido/

Que intimidava com sua cara/

E encara o santo envelhecido/

Com certeza também temido/

Como se o palhaço fosse o santo/

E no encanto do circo/

Que no infinito descortina/

O palhaço foi criança calada/

Ninguém viu o palhaço chorar/

Suas lágrimas saia na coberta/

Encobrindo os olhos com lençóis/

Para ninguém rir de sua dor/

Mas nada pode ser escondido/

E nos cantos do circo surge alegria/

Ela ninguém viu/

Nem oração aconteceu/

Apenas alegria no circo/

Quando o palhaço morreu/

luiz machado
Enviado por luiz machado em 28/12/2011
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