QUAL ALFORRIADA...
 

No avesso destes versos, diversos
Nas asas do vento, tão despetalada
Vence a tempestade e os reversos
Galopando ao som de uma balada.
 
Soberba, a condessa, instiga a ironia
Sobre os patins, risca o branco gelo
Aquele negro corpo,  inspira poesia
De cada artéria, constróis teu novelo.
 
Serpenteando tal qual o negro corcel
Tocando as estrelas, na ponta dos pés
De nuvem em nuvem, no misterioso céu.
 
Livre de amarras, qual alforiada, e bela flor
Rodopia nos astros, neste gracioso balet
Quase sem esperança de ver o seu amor... 
Nana Okida
Enviado por Nana Okida em 28/12/2011
Reeditado em 29/12/2011
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