Já passa da meia-noite.
E o silêncio é tanto que só posso ouvi os pingos da velha torneira.
Nunca lembro de trocá-la.
Não lembro de muita coisa...
O tic, tac do relógio canta a melodia do severo tempo.
Tempo servo dessas horas escuras.
Não sei qual barulho é mais inconveniente: se a velha torneira ou o antigo relógio na parede descascada.
Não sei o que é pior: a solidão ou o engano a dois.
[...]
Já reparou como as imagens dos santos são de uma candura?
E que são duras as provas pelas quais somos submetidos, só pelo fato de estarmos vivos?
A casa dorme.
A rua dorme.
Todos parecem dormir nos braços da madrugada.
Selada. Misteriosa noite dos ventos parados.
Ou quando resolve ressoar, vem através do seu canto temível.
E de sua dança consternada.
Quando criança não gostava da noite.
Ela tinha sua face sempre escondida pelo véu negro que pouco dizia. Era inexpressível.
Preferia o dia. Que quase sempre me confundia...
[...]
A música, vinda não sei de onde, rompe com a mudez das horas.
E ela é tão linda...
Mergulho fundo nas águas profundas e claras.
Mas, águas profundas são escuras. Não são?
E quanto mais eu adentro o interior de mim, vejo-o pintado de escuro-sombrio.
Tantos cantos sedentos esperam por luz.
Como a noite ambiciona as estrelas.
[...]
Os pingos d’água agora é uma poça serpenteando o chão do lugar.
É tanto entra e sai que o que era água passar a ser lama.
Ama dos peitos fartos, guarnece o choro derramado.
Lágrimas do pedinte inocente.
Esperança do pedaço de pão nesse dia que começa a nascer com os raios tímidos e sonolentos.
Chamejante esperança do pobre errante.
Se pensa ter encontrado a perfeição, saiba que ela não veste e nem aquece a nenhum vivente.
A perfeição é um engano e não há razão para sobressaltos.
Fonte/Imagem: Google.
E o silêncio é tanto que só posso ouvi os pingos da velha torneira.
Nunca lembro de trocá-la.
Não lembro de muita coisa...
O tic, tac do relógio canta a melodia do severo tempo.
Tempo servo dessas horas escuras.
Não sei qual barulho é mais inconveniente: se a velha torneira ou o antigo relógio na parede descascada.
Não sei o que é pior: a solidão ou o engano a dois.
[...]
Já reparou como as imagens dos santos são de uma candura?
E que são duras as provas pelas quais somos submetidos, só pelo fato de estarmos vivos?
A casa dorme.
A rua dorme.
Todos parecem dormir nos braços da madrugada.
Selada. Misteriosa noite dos ventos parados.
Ou quando resolve ressoar, vem através do seu canto temível.
E de sua dança consternada.
Quando criança não gostava da noite.
Ela tinha sua face sempre escondida pelo véu negro que pouco dizia. Era inexpressível.
Preferia o dia. Que quase sempre me confundia...
[...]
A música, vinda não sei de onde, rompe com a mudez das horas.
E ela é tão linda...
Mergulho fundo nas águas profundas e claras.
Mas, águas profundas são escuras. Não são?
E quanto mais eu adentro o interior de mim, vejo-o pintado de escuro-sombrio.
Tantos cantos sedentos esperam por luz.
Como a noite ambiciona as estrelas.
[...]
Os pingos d’água agora é uma poça serpenteando o chão do lugar.
É tanto entra e sai que o que era água passar a ser lama.
Ama dos peitos fartos, guarnece o choro derramado.
Lágrimas do pedinte inocente.
Esperança do pedaço de pão nesse dia que começa a nascer com os raios tímidos e sonolentos.
Chamejante esperança do pobre errante.
Se pensa ter encontrado a perfeição, saiba que ela não veste e nem aquece a nenhum vivente.
A perfeição é um engano e não há razão para sobressaltos.
Fonte/Imagem: Google.