Aprisionado
Prenderam-me em um calabouço escuro,
Onde disputava a comida com os ratos,
Não sentia o passar dos dias,
E me esquecera como era o brilho do sol.
Não me deixavam dormir,
Envelheci em algumas semanas,
O que passaria anos para envelhecer.
Esqueci quantos anos tinha,
Das pessoas que tivera conhecido,
Me impediram de viver.
Roubaram vários elementos do meu ser,
Mas jamais furtarão meus sonhos e meus conceitos,
Morrerei sem ver o dia, sem ter um amor,
Mas não serei vendido, vencido...
Jamais entregarei a estes porcos
O que mais tenho de valioso,
O que mais representa meu ser,
Minha alma e meus ideias,
São bens que levarei intactos comigo.