Já não sou mais tua musa ,nem tão pouco a tua rosa
o que escorre dos teus dedos em poesia
já não diz nada de mim,nem um dedinho de prosa
Pré-sinto! A luz do candeeiro apagou-se, foi  pra Lua a  fantasia

No entanto , reconheço os descaminhos entre poetas e inspiração
em que a musa é o objeto e o objetivo é a poesia,a lira
e a canção;

Gostei tanto de estar em teu peito,em tua pena...
Em tua alma...de quase adormecer em teu leito ,de levar-te a loucura
e a calma...

Quando a mim destes vazão,em folha ,em pena e asas...
Me ofereceste o coração
e dele fiz minha casa...

Não esquecerei o voo,nem o afagar na minha face
Tu foste a minha gaivota,e eu fui o teu impasse...

Senti o gosto da brisa por minha janela adentrando...
Deveras, provei teu sabor tocando meus lábios e sugando
ao chamar-me de meu amor...
Tremi de bater os dentes...não foi de frio o tremor...

Me enlevei em pensamento,como se estivesse levitando...
Numa dança eloquente,meu amor eu fui seu dono(a)
Naquele momento sublime...que estava eu em abandono

Fui tua musa, tua rosa e tu foste meu beija-flor!
Fomos loucos e delinquentes...
Fomos escravos do Amor ...
Crianças ,adolescentes!

Brincamos com a emoção e as palavras,
até à poesia florescente...





Nalva Sol
Enviado por Nalva Sol em 21/12/2011
Reeditado em 21/12/2011
Código do texto: T3400722
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