Poesia que Existe em Mim

Não sou habituado com velhos costumes

nem costumo seguir certos prévios conceitos

na minha vida tudo tem os seus negrumes

uma relação de amor e ódio em mil feitos...

Pois confesso que sou muito desordeiro

não arrumo a cama quando me levanto

e quando adormeço... cansado e faceiro

me liberto da rotina corriqueira em acalanto...

Deitado seminu... só de cuecas e de meias

com a cabeça afundada no meu travesseiro

viajo entre galáxias infinitas por suas veias

a veia que corre em meu sangue brasileiro...

Depois dos sonhos, desperto no dia seguinte

e com os olhos semi-cerrados olho para o teto

abro os braços se espreguiçando com requinte

não tenho medo da vida, pois eu sou o arquiteto...

Engenho planos de papel e guardo os rascunhos

para mais tarde, depois de tomar um café amargo

ler o meu periódico predileto, de temas oriundos

do exoterismo e segredos vindos do famoso Mago...

Aí sim... saio para a rua para caminhar um pouco

"esticar as canelas"... esse é um termo usado

após a caminhada matutina, volto feito um louco

para o meu refúgio, cantinho onde fico renovado...

Minha casa, minhas almofadas... a porta corrediça

a minha velha vitrola com aqueles discos de vinil

enfileirados sobre uma prateleira de madeira maciça

decido de súbito ouvir uma canção solene e senil...

Nessa letra interpretada com perfeita maestria

fico convencido que realmente nasci para escrever

pois a Poesia que Existe em Mim é um tanto fria

porém vinda do coração... feita para o mundo ler!...

Bruno Sacilotto

Santa Bárbara d'Oeste - São Paulo

Quarta-feira às 03:46 hrs

Bruno Sacilotto
Enviado por Bruno Sacilotto em 21/12/2011
Reeditado em 21/12/2011
Código do texto: T3399556
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