Transformando
Não quero calar as vozes que estão em mim
a gritar
estão a se questionar sobre o fim
e o começar de todas as frases absurdas,
astutas, mudas num colóquio externo,
exasperado, estático e a rir e a me enfrentar...
Vou falar sobre o absurdo
de rir ou de chorar ao me emocionar
na leitura de verso, meu supremo vade-mécum
a me dissipar em milhares de estrelas
na nebulosa gigantesca do pensamento celeste,
rupestres escrituras tingidas de vermelho
nas pedras e rochas desse mundo imenso
em que vivemos a testar novas atitudes
e ainda temos um tolo medo de errar,
mal sabendo que é assim que se aprende...
Vende teoria calcada na fortaleza
que se supõe ter e ser,
o maior questionamento a imprimir no seio
respostas mal colocadas
em lábios finos e frios,
tempestade soçobrando mais espaço
dentro de mim.
Surpreendo-me ao parar
e lembrar de outras chuvas
em outras épocas e outras estações...
Supostamente outras impressões.