Transformando

Não quero calar as vozes que estão em mim

a gritar

estão a se questionar sobre o fim

e o começar de todas as frases absurdas,

astutas, mudas num colóquio externo,

exasperado, estático e a rir e a me enfrentar...

Vou falar sobre o absurdo

de rir ou de chorar ao me emocionar

na leitura de verso, meu supremo vade-mécum

a me dissipar em milhares de estrelas

na nebulosa gigantesca do pensamento celeste,

rupestres escrituras tingidas de vermelho

nas pedras e rochas desse mundo imenso

em que vivemos a testar novas atitudes

e ainda temos um tolo medo de errar,

mal sabendo que é assim que se aprende...

Vende teoria calcada na fortaleza

que se supõe ter e ser,

o maior questionamento a imprimir no seio

respostas mal colocadas

em lábios finos e frios,

tempestade soçobrando mais espaço

dentro de mim.

Surpreendo-me ao parar

e lembrar de outras chuvas

em outras épocas e outras estações...

Supostamente outras impressões.

Sandra Vaz de Faria
Enviado por Sandra Vaz de Faria em 18/12/2011
Código do texto: T3395806
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