Na metade do tempo aqui estou ajustando
Grafias desenhadas chamadas de alfabeto
Agrupando sílabas, escrevendo, registrando
Nos acordes das emoções apenas poetando

Às vezes, com sobressaltos de lembranças
Com o olhar distante sem ler o que escrevo
Na árida caminhada sem pausa para saltar
Dos terraços devastados dos sentimentos

Da pena que se rebela e escreve no deserto
Onde letras ondulam em minha mente
Como sombras veladas nas quimeras
Que o tempo carrega nas asas do vento

Um alfabeto a me atrair, folhas a esperar
Que letras e inspirações se entrelacem
Rotas ou delineadas com a tinta que jorra
Da fonte sensível que habita a Alma

Poucos poemas apenas ocupam espaço
Alguns, fantasias, sem trajetórias definidas
Outros, de marcas e cicatrizes indeléveis
Muitos, ao serem escritos é o alfabeto de vida.

verita
Enviado por verita em 15/12/2011
Código do texto: T3391089
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