A sombra que engolia gente.

A sombra que engolia gente.

Cansou-se de ser sombra,

E buscava ter seu próprio corpo,

Sempre quis ter um rosto,

Para vê-lo reflectido na agua.

Um dia tomou um corpo de um velho,

Mas era cansado demais para torna-lo feliz,

Noutra noite roubara o corpo de uma criança,

Mas era muito pequena para sua alma.

Devido as várias tentativas mau sucedidas,

Recebeu a fama de devoradora de corpos,

A sombra que engolia gente.

Derrepente,

Quando parecia que sua esperança estava perdida,

Viu ao nascer do dia,

Uma silhueta que o fascinara,

Não era pequena demais, nem muito cansada,

Tinha o tamanho do seu corpo.

Então a sombra sorriu,

Deitou-se ao lado do corpo,

Sentiu a vida tomar-lhe a sua triste forma,

Mas ao cair da noite, sem perceber,

Voltou a ser sombra... daquele mesmo corpo.

DjavamRTrindade
Enviado por DjavamRTrindade em 15/12/2011
Código do texto: T3390497
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