A sombra que engolia gente.
A sombra que engolia gente.
Cansou-se de ser sombra,
E buscava ter seu próprio corpo,
Sempre quis ter um rosto,
Para vê-lo reflectido na agua.
Um dia tomou um corpo de um velho,
Mas era cansado demais para torna-lo feliz,
Noutra noite roubara o corpo de uma criança,
Mas era muito pequena para sua alma.
Devido as várias tentativas mau sucedidas,
Recebeu a fama de devoradora de corpos,
A sombra que engolia gente.
Derrepente,
Quando parecia que sua esperança estava perdida,
Viu ao nascer do dia,
Uma silhueta que o fascinara,
Não era pequena demais, nem muito cansada,
Tinha o tamanho do seu corpo.
Então a sombra sorriu,
Deitou-se ao lado do corpo,
Sentiu a vida tomar-lhe a sua triste forma,
Mas ao cair da noite, sem perceber,
Voltou a ser sombra... daquele mesmo corpo.