O velho e a imortalidade

Era um grão de areia,

E a noite roubou a lua,

Deliciou-se com seu brilho,

E ao amanhecer tornou-se orvalho,

Quando velho,

Roubou a juventude eterna,

Mas seu espirito já não o cabia.

Quando a sua sombra,

Rompeu-se de seu corpo,

E pode ver as pessoas morrendo,

As flores murchando,

O silêncio se propagando,

E o seu ser intocável...

Daí percebeu o quanto a imortalidade,

Machuca mais que a morte,

Pois junto a ela tudo é maior,

A solidão, o vazio, a tristeza...

Quando sofreu por alguns séculos,

Despiu-se da eternidade,

E tornou a seu velho corpo,

Ai viu o quanto sempre fora feliz.

DjavamRTrindade
Enviado por DjavamRTrindade em 14/12/2011
Código do texto: T3388887
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