O grito

Exatamente lá,

na hora extrema,

quando estamos na mais puta das febres,

no mais réprobo estado subversivo de opções

desajeitadas.

Mas não me confunda, amigo.

Tudo se vai...

A febre, o amargo na língua,

o ego desgostoso das virtudes,

a paixão não correspondida,

nem em corações, nem sob lençóis.

Sim,

tudo se vai,

é questão de tempo,

de cadeia,

de crer por crer.

E fica ao nosso lado,

apenas a voz emudecida, umedecida,

rouca em sua circunspecção.

A mesma voz que, aos gritos te liberta dos males

calados em teu peito.

Eia,

vamos aos gritos,

pois deles surge o amor,

pois neles, surgimos triunfantes !

Marcos Karan
Enviado por Marcos Karan em 12/12/2011
Reeditado em 22/02/2016
Código do texto: T3385256
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