NESTE FALSO LAMENTO...
 
Deslizas entre frias covas abertas
Com o breu da noite, na tua alma
Sobre a relva morta, pisas, incerta
Trazes nos olhos vazados, a calma
 
Da pele despida, o ranger dos ossos
Do pútrido perfume, espalhado no ar
A triste lembrança, dos beijos nossos
No fundo d'alma, a vontade de amar
 
Na passarela macabra,  a tua nudez
Num desfile de horror, na lápide fria
Teu requebrado ruidoso, e a palida tez
 
Onde choram, as perversas carpideiras
Neste falso lamento, de amor e poesia
No lúgubre som, das horas derradeiras.
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Nana Okida
Enviado por Nana Okida em 08/12/2011
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