Minh’alma
Sento-me á beira do lago
a noite cai serena e lenta
vejo as primeiras estrelas
a avisar-me da hora
Olhando aquela água mansa
que logo será o espelho da lua
Sinto-me parte dela agora
Meu reflexo sorrindo nela mergulha
Somente seu leito ele atinge
não vejo sua profundeza misteriosa
Assim sinto minh'alma agora
que somente vê a superfície tua
Por mais que eu tente nada sei do lago
nada sei de ti e nada pareço saber de mim
Guardo apenas a beleza da tua imagem
lembranças de anoiteceres onde eras meu luar