A fotografia da alma
Alma, contraditório sumo,
Habitando estranha casa,
Quando plena se comporta,
E quando vazia extravasa...
Talvez seu princípio ativo,
No paradoxo sua essência;
Seja a ventura, comprimido,
E a solidão, efervescência...
Não dá pra não estranhar,
Assim como eu faço agora;
Isso de ter muito e guardar,
De ter nada e deitar fora...
Suas asas dormem no ovo,
Enquanto a felicidade choca,
Mas ao bicar da desventura,
A casca rompe e ela espoca...