Não espante meu semblante

Não espante meu semblante

Marcos Olavo

Entre dias nascentes,

Na favela de mentes,

Na demência do tedio,

Tomando todo remédio.

Paro na farmácia temperamental,

Levanto a minha carteira sem dinheiro,

No assalto impiedoso do preço doido,

De um momento em paz.

O violento dia do apelo,

Em um troco vazio,

Neste atropelo do preço,

Quebrando tudo igual ao um vento,

Tomando doses desiguais.

Você pode saber de algo?

Vá neste palco de loucos,

Comprar todo tempo do remédio,

Pra matar o meu fastio.

Faço da farmácia o meu local,

Do imoral assalto dos coitados,

Que nem apresenta dinheiro,

Em vossos bolsos.

Tolos, ignorantes,

Que estão matando a beleza,

Nascida em cada semblante,

Pra conhecer as chamas,

Das palavras despedaçadas.

Escrito por: Marcos Olavo

Nota: Apelo dos preços altíssimo de todos os remédios.

GRITE!!!

marcosolavo
Enviado por marcosolavo em 26/11/2011
Código do texto: T3357610
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