Não espante meu semblante
Não espante meu semblante
Marcos Olavo
Entre dias nascentes,
Na favela de mentes,
Na demência do tedio,
Tomando todo remédio.
Paro na farmácia temperamental,
Levanto a minha carteira sem dinheiro,
No assalto impiedoso do preço doido,
De um momento em paz.
O violento dia do apelo,
Em um troco vazio,
Neste atropelo do preço,
Quebrando tudo igual ao um vento,
Tomando doses desiguais.
Você pode saber de algo?
Vá neste palco de loucos,
Comprar todo tempo do remédio,
Pra matar o meu fastio.
Faço da farmácia o meu local,
Do imoral assalto dos coitados,
Que nem apresenta dinheiro,
Em vossos bolsos.
Tolos, ignorantes,
Que estão matando a beleza,
Nascida em cada semblante,
Pra conhecer as chamas,
Das palavras despedaçadas.
Escrito por: Marcos Olavo
Nota: Apelo dos preços altíssimo de todos os remédios.
GRITE!!!