Cinzas nas mãos
As linhas das minhas mãos,
Por anos distantes guardaram sofrimentos
Por aspectos negativos foram se marcando
Ao contrário do que possa parecer
O coração era duro e frio com isso
Por não conseguir ver, não sentia
Até me ver no espelho era eu,
Até me sentir nos olhos, não era eu
Fulminante foi à verdade cair feito gelo na espinha,
Feito dor caindo no vazio
São futuros a se relevar e contar
Machucados feitos por traumas e vergonhas,
Das quais eram necessárias para se crescer
Aprender como é que se funciona a vida
De como podemos ser cruéis conosco mesmo
Ao remoermos morte,
Mortes também vão ter
Ao mostrarmos os caminhos de vida
Caminhos de paz também vamos colher
Quanto ao resto, não se preocupe
Tudo um dia vira cinzas
Das cinzas poucas ficam algumas marcas.