Cinzas nas mãos

As linhas das minhas mãos,

Por anos distantes guardaram sofrimentos

Por aspectos negativos foram se marcando

Ao contrário do que possa parecer

O coração era duro e frio com isso

Por não conseguir ver, não sentia

Até me ver no espelho era eu,

Até me sentir nos olhos, não era eu

Fulminante foi à verdade cair feito gelo na espinha,

Feito dor caindo no vazio

São futuros a se relevar e contar

Machucados feitos por traumas e vergonhas,

Das quais eram necessárias para se crescer

Aprender como é que se funciona a vida

De como podemos ser cruéis conosco mesmo

Ao remoermos morte,

Mortes também vão ter

Ao mostrarmos os caminhos de vida

Caminhos de paz também vamos colher

Quanto ao resto, não se preocupe

Tudo um dia vira cinzas

Das cinzas poucas ficam algumas marcas.

Naty Silva
Enviado por Naty Silva em 25/11/2011
Código do texto: T3356125
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