PÉ NA ESTRADA
Clara da Costa
O sono não vinha,
ela descobriu-se sozinha,
sentia-se quase morta por dentro,
cansada da mesmice,
da utopia oca,
como se estivesse à véspera do fim.
A vida aflora,
e o tempo não pára!
(gemeu o vento nos seus ouvidos)
Armou-se de coragem,
engatou a marcha da mudança,
encheu-se de vontade,
resolveu encarar a vida...
com o pé na estrada!