BANCOS DEVASTADORES...

No vigor das carnes de Wall Street,

O mérito arquiteta ruínas,

Tecem zonas obscuras.

Perfumes com rótulos de roubos,

Monges com oráculos de Mamon,

Coroam respeitáveis criminosos.

Cada força com sua libertinagem,

Os clubes brutais das finanças,

Talham o novo lobo competidor.

Punhais comprados em Dublim,

Os ternudos de Puerta del Sol,

Regulam o tempo das transações.

A aldeola financeira vaza sangue,

Verseja sem mortes gregas,

Enterra com carpideiras chorando juros.

Em êxtase, o lixo cultua a volúpia,

Nos cofres, conluios e parasitas,

Só importa a deusa rentabilidade.

Que desgraça, que insolente bancarose!

Socializar perdas, privatizar ganhos,

É nutrir um sistema de trapaças e dores.