Medo da estrela
Eis que a sapiência vai errando ao léu!
tida por pobre, apesar do que encerra;
inútil resulta explanar o mapa do céu,
para quem só busca tesouros na terra;
cansativa cantilena de discursos vãos,
mas, a claque a postos, oferta palmas;
na arte aquela, onde se lava as mãos,
disfarçando ter emporcalhado a alma;
e na bagagem de mão a única que vai,
faltando a pérola, do eterno fomento;
porém, cargas vãs, no domínio do Pai,
imensas, aumentam a cada momento;
O Senhor da vida a nós veio, sem asas,
mas, arte de planar nos céus, ensinou;
preferem o fantoche em todas as casas,
para abafar ao que Ele, disse; ho ho ho;
reputam à boa nova por fraqueza senil,
o desprezo assoma a camuflar o medo;
inútil mostrar uma estrela a um imbecil,
pois, ele olhará, pra ponta de seu dedo...