O politicamente correto e o espiritualmente sadio
Eis aí o politicamente correto,
Assediando-nos, dor de cabeça;
O inconsciente coletivo aperta,
Insinua-se ameaçando: Esqueça!
Roga que eu abdique da saúde,
Pra que a doença permaneça.
Os dois neurônios que temos,
Que se amoldem à abstinência,
Finjamos nem ver o que vemos,
Redefinido engano, conveniência,
Para mim, aplausos valem menos,
Que a sanidade da consciência...
Atrevimento, sei, é ousado pulo,
Realce que expõe atitudes rasas,
Coisas de somenos eu até engulo,
Discernimento é uma viva brasa,
Se rompido, da insipiência o casulo,
Devo temer o céu, abortar as asas?
Liberte-me de minha ignorância,
Dizia Sócrates o grego pensador;
Minh’alma então deixará infância,
E Sophia, se fará meu novo amor,
Saberei ser e agir sem discrepância,
E será você, o meu maior benfeitor.
Não deixe passar meus erros, por favor,
Diga que discordas ouse, fale, comente,
De nada pretendo ser um professor,
Apenas expor, o que está bem latente,
Senão, faria como Nabucodonosor,
Deixando o trono iria pastar contente...