Perola
Sou um ser estranho
Indecifrável até mesmo para mim.
Um ser em mutação constante.
Inevitável.
Que em um momento qualquer.
Encontra uma perola,
Que não sai a procurar...
Em um instante, vira um ser deslumbrado.
Fascinado... que daria tudo para ter aquela perola.
Numa viagem louca vasculha mundos, em um instante...
Nada era digno daquela perola...
Os olhos de aprendiz, única.
Encontra enfim...
Timidamente como uma criança
Tendo nas mãos seu melhor.
Avança... só um ser com seu mundo nas mãos...
Seu mundo. Frágil e forte, mas o melhor de si.
Aproximando -se da perola.
Somente um toque...
A faz esfacelar.
Pedaço misturado a lágrimas salgadas.
Sou um ser estranho.
Que chora e ri...
Que guarda o seu melhor.
E recomeça a busca...
Cuiabá 28/02/2010