A menina descalça
A menina descalça anda pela rua, sem rumo
Não sabe para onde ir e nem de onde veio
Coitada da menina, olhando lembro-me de mim
Ou será que vejo o nada de onde vir e quis sair.
Chove, a menina descalça não se esconde
Gosta que a chuva lave e leve embora a imundícia escondida na alma.
Penso, será que alma dela e suja ou quero que a chuva lava a minha própria alma.
Fiquei sem jeito, mas aquele olhar,
O olhar da menina decalca, fez meu coração bater ligeiro
E assim comecei a chorar.